O diplomata Arnaldo Carrilho, designado embaixador do Brasil em Pyongyang, afirmou que a intenção do governo brasileiro ao estabelecer uma representação na Coreia do Norte é ajudar a retirar o país asiático do "isolamento" e desobstruir os caminhos para o diálogo. "O Brasil surgiria, e eu pretendo ainda que surja, como um proponente do diálogo", disse Carrilho em entrevista à BBC Brasil.
"O que queremos é fazer a República Popular Democrática da Coreia do Norte sair do esconderijo onde está, desse isolamento onde está."
A inauguração da embaixada brasileira em Pyongyang estava prevista para a próxima sexta-feira (29), mas foi suspensa até segunda ordem por conta do agravamento das tensões na Península Coreana após o teste nuclear norte-coreano realizado nesta segunda-feira (25).
Mesmo com o interesse do Brasil na região, o professor de relações internacionais da Universidade de São Carlos, José Augusto Guilhon, avalia que a participação brasileira em grandes temas da política internacional "ainda é ilusória". Na avaliação de Guilhon, o Brasil não tem capacidade comercial, política ou militar para interferir nos assuntos que dizem respeito à Coreia do Norte.
De acordo com o embaixador Arnaldo Carrilho, os planos brasileiros de abrir a embaixada na Coreia do Norte foram adiados até que o Itamaraty dê novas instruções.
"O chanceler Celso Amorim me pediu que não partisse logo, que deixasse ver o que vai acontecer", disse Carrilho, que está hospedado junto ao corpo diplomático brasileiro em Pequim, na China. "Estamos esperando a resolução do Conselho [de Segurança]." "Os canais de interlocução da Coreia do Norte estão meio entupidos", diz Carrilho. "Com essa bomba, então, ficou muito entupidinho o negócio, então a ideia é o Brasil chegar e ajudar."
Na avaliação do professor brasileiro de relações internacionais Soleiman Diaz, que leciona em Seul, a atitude do Brasil de adiar a abertura da embaixada é necessária porque "o momento é de cautela". "O Brasil estaria mandando uma mensagem errada ao abrir uma embaixada em um país que está desafiando o resto do mundo", avalia Diaz. "Estabelecer esta embaixada é oficializar o apoio a uma indústria bélica, então não é o momento mais adequado."
Para o professor José Augusto Guilhon, ao planejar abrir uma embaixada em Pyongyang, a política externa brasileira procura demonstrar sua "pretensão" de mudar as correlações de força no cenário internacional. "A política externa brasileira age no sentido de tentar desalojar os países ricos de sua primazia", diz o professor. "É uma pretensão muito grande."
E, na opinião de Guilhon, o "grande potencial" do Brasil se concentra em outras áreas --por exemplo, na intermediação entre os Estados Unidos e a América Latina.
Participação brasileira
O diplomata brasileiro designado para Pyongyang ressalta que, para o Brasil ajudar na prática, é necessário que a Coreia do Norte convide o país a participar das negociações de desarmamento. "O que estamos tentando com a embaixada em Pyongyang é demonstrar a atitude 'possibilista'", diz Arnaldo Carrilho. "É ver até que ponto existe a possibilidade de evitarmos este rompimento da adoção das resoluções internacionais."
O embaixador acrescentou ainda que, por enquanto, o Brasil não poderia fazer parte das negociações de desarmamento que envolvem o grupo de seis países formado pelas Coreias do Norte e do Sul e por Japão, China, Rússia e Estados Unidos.
"Não temos esta intenção manifesta, nem poderíamos apresentar-nos como candidatos, tendo em vista que ser observador do grupo dos seis países depende de um convite deles", afirma Carrilho. "Não podemos nos fazer convidar."
MARINA WENTZELda BBC
Colaborou Fabrícia Peixoto, da BBC Brasil em Brasília.
*** Notícia retirada do site da Folha .
" O Brasil quer participar da guerra !
O Brasil anda tão fascinado pelo poder !
O Brasil esta se sentindo tão importante !
O presidente do Brasil é "o cara", diz Barack Obama !
O Brasil pode emprestar dinheiro para o FMI !
O Brasil é auto suficiente em recursos naturais !
O Brasil esta ficando importante !
Mas como nós sabemos, o ser humano é o mesmo em qualquer lugar do mundo...
E agora para sermos mais importantes e mais poderosos,
Quer-se fazer parte de uma provável guerra !
Nunca o Brasil teve uma participação forte em uma guerra !
Quer-se agora esse título !
Será que falta mais alguma coisa ?
Somos CAMPEÕES ...
em juros...
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Os que tem o poder neste país se esconderão atrás do povo, pois quem vai a guerra é a população !
Ainda acha que algum político pensa em você ?" -|Prika|-